ATA DA DÉCIMA REUNIÃO ORDINÁRIA DA QUARTA COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 21-7-2016.

 


Aos vinte e um dias do mês de julho do ano de dois mil e dezesseis, reuniu-se, no Plenário Ana Terra do Palácio Aloísio Filho, a Comissão Representativa da Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e cinco minutos, foi realizada a segunda cha­mada, na qual registraram presença Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Paulo Brum, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal, titulares. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se Tarciso Flecha Negra, Lourdes Sprenger, Waldir Canal e Delegado Cleiton. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Tarciso Flecha Negra, Lourdes Sprenger e Delegado Cleiton. Na ocasião, foi apregoado o Ofício nº 660/16, do Prefeito, encaminhando Veto Total ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 015/16 (Processo nº 0554/16). Às dez horas e cinquenta e um minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores titulares para a próxima reunião ordinária. Os trabalhos foram presididos por Cassio Trogildo e secretariados por Paulo Brum. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pe­lo 1º Secretário e pelo Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Passamos à

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; bom dia a todos os colegas e a todos que nos assistem. Estou há seis anos na Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer – CECE, e sempre foi meu sonho a presidência dessa comissão, e agora, no último ano de mandato cheguei à presidência da CECE. Por quê? Porque sempre tive a preocupação de ir às escolas, às praças, aos campinhos e conversar com a comunidade; de ir à comunidade. Porque é muito difícil para essas pessoas virem aqui; vinha um, vinham dois ou três representantes. E a gente aqui, na comissão, não viu o problema de perto, o que realmente estava acontecendo, o que realmente acontecia nas comunidades, nas escolas, nos campinhos, nas praças. Eu tenho na minha mão todo o relatório dos seis meses de 2016, onde fizemos mais visitas do que reuniões internas. Nessas visitas que fizemos, conseguimos sanar muitas demandas na comunidade. Claro que cem por cento é impossível, mas a gente procura sempre a perfeição. A gente sabe que é muito difícil, mas as demandas que a gente conseguiu, eu, como Presidente da Comissão, fiquei muito contente, porque são demandas que já existiam há anos, as pessoas vinham pedindo pelas suas praças, pelos seus colégios. Visitamos morros, praças, comunidades, visitamos Sul a Norte, não foi destinado a uma só comunidade, foram várias comunidades, porque a gente é a Comissão, e nós somos Vereadores da Cidade. Eu encaro assim, não sou Vereador de um bairro ou de um local, sou Vereador da cidade de Porto Alegre, então procuro ver as demandas que Porto Alegre tem para que a gente possa ajudar a resolver. Essa é a minha intenção, e enquanto Vereador, enquanto eu estiver aqui, estarei sempre procurando buscar o melhor para a comunidade de Porto Alegre e para Porto Alegre. Essa é a minha alegria, Presidente, eu sonhava com isso aí, e ao mesmo tempo eu pensava: Será que eu vou ter condições? Porque depende de uma Comissão, não é só o Presidente. Graças a Deus, e quero agradecer também aos membros da Comissão, assim como o Pablo, a Sofia, o Dinho, e principalmente o Reginaldo Pujol, que é um amigo que conheço de vários anos, um dos grandes eméritos do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, que me ajudou muito com sua experiência. Dentro da nossa humildade, pedi que ele me ajudasse nessa demanda, e ele já tinha começado a fazer o trabalho dessa caminhada e eu só busquei esse caminho junto com ele para continuar. E, graças a Deus, houve uma ajuda muito especial, muito carinhosa comigo do Vice-Presidente Reginaldo Pujol. Então, a gente fica muito contente. Esperamos o segundo semestre, que sabemos que será muito difícil, porque teremos as eleições em outubro.

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Tarciso Flecha Negra prossegue a sua manifestação, a partir deste momento, em Comunicação de Líder.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Obrigado, Presidente. Sabemos que haverá as eleições e todo mundo estará na corrida, assim como eu e todos os colegas que irão concorrer. Esse pleito será muito difícil, porque estamos vivendo não só problemas na política, mas na parte social e em tudo, no Brasil, no mundo. Temos visto, todos os dias, em todos os momentos, nos noticiários, os problemas políticos, econômicos, sociais. Então, nós que saímos do povo, estamos ficando muito indignados com o que está acontecendo no nosso mundo, mas poderia acontecer de outra forma, melhorando a vida de muitas pessoas. Mas, infelizmente, sabemos que os políticos estão desacreditados e será um pleito em que o povo, tenho certeza, saberá escolher para que amanhã Porto Alegre e o Rio Grande do Sul possam ter condições um pouco melhores, com pessoas sérias, que lutarão por esse povo. Essa é a verdade. Não sei como vamos fazer isso, como vamos mudar, como vamos mostrar um horizonte, um caminho. Tenho certeza que há jeito de se fazer. Basta nós trabalharmos um pouquinho mais com o coração, com a razão e com o coração, com amor, com um olhar profundo, com carinho para o nosso povo, porque nós também somos povo e fazemos parte desta grande Cidade, desta grande metrópole que é Porto Alegre. Se nós aqui vivermos bem, temos certeza de que os nossos amigos e os nossos familiares estarão vivendo bem também. Eu acho que é intenção de todos nós, Vereadores, aqui, ter um mundo mais tranquilo, um mundo mais amável, um mundo com a visão totalmente diferente do que a gente está vendo acontecer fora do nosso País. A crise é tão grande, e eu não consigo imaginar como a pessoa pode entrar num recinto com duas mil, três mil pessoas e se explodir dentro de um local como esse. Isso é falta de crença, é falta de amor. Eu sou católico, apostólico, praticante e vejo que é uma falta de fé, é uma falta de acreditar no nosso... O termo não importa, não importa qual Deus; eu acho que a fé é muito importante para que a gente possa fazer grandes trabalhos maravilhosos. Porque Deus... (Problemas técnicos no som.) esse é o meu modo de pensar. Deus, para mim, é o amor, é a bondade, é o que nós temos que ter no coração para que a gente possa, amanhã, falar: “Eu estive na Câmara de Vereadores, eu fui Deputado, eu fui Senador. Eu contribuí com a minha parte”. Eu acho que, com cada um de nós contribuindo um pouco, nós vamos ter um grande País, grandes cidades, grandes metrópoles e a política mais acreditada, os trabalhos sociais mais acreditados, nossos hospitais, a educação, os colégios, os professores que merecem, que são lutadores pela educação. Um país sem educação é um país muito pobre, é miserável; um país com educação é um país do Primeiro Mundo. É dessa maneira que eu penso, posso estar errado, mas todos os lugares para os quais viajei, onde conheci os museus, eu vi um país muito educado. É claro que esses países também têm suas guerras, seus conflitos, mas não de maneira tão exagerada assim como está chegando aqui no Brasil. Eu peço e rogo a Deus que nos ilumine, que nos dê bastante amor no coração e que procuremos sempre fazer o bem, porque só assim a gente pode ter um mundo melhor para os nossos netos, para os nossos filhos. Muito obrigado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Apregoo Ofício nº 660/GP, de 14 de julho de 2016, que encaminha Veto Total ao PLCL nº 015/16.

O Ver. Paulo Brum está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: Bom dia, Sr. Presidente, colegas Vereadores e público aqui presente, muitos assessores, neste período de recesso em que estamos aqui na Comissão Representativa – parte dos Vereadores permanecem para este período aqui na Casa –, queremos destacar primeiro o andamento das melhorias da nossa Câmara. Temos observado que os últimos três presidentes, cada um tem feito uma parte, sendo continuada por outros presidentes. Começamos há três anos, com as portarias; depois, os sanitários, que a população utiliza muito; no plenário, a nossa sala de reuniões da Mesa Diretora foi concluída, e agora o nosso Presidente está reformando o nosso Plenário Otávio Rocha. Hoje estamos aqui improvisados, foi tudo muito rápido, eu não imaginava que nós iríamos conseguir um espaço para podermos falar nesta Reunião Representativa. Realmente, no plenário, desde a última invasão, se observavam já as tábuas afundando, algumas pessoas tropeçando, e era necessário. Está indo muito bem, a gente observa quando vai ao terceiro andar, as obras estão andando bem, e assim, Presidente, em vez de deixarmos de utilizar o orçamento que é destinado para esta Casa, damos condições a nós, Vereadores, ao público que comparece às plenárias e ao público que comparece às reuniões das Comissões Permanentes.

Igualmente, Ver. Tarciso, é o meu quarto ano aqui na Casa, e eu estou de Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, uma comissão com a qual eu já tinha bastante familiaridade, desde a época em que vínhamos à reunião pelas comunidades da Zona Sul, como colaboradora da região onde resido há 40 anos. Este ano assumimos a presidência, dividindo assuntos do meio ambiente, assuntos de animais, que é uma causa na qual milito há muitos anos e, também, assuntos da saúde, porque é muito importante trabalharmos bem a saúde e cobrarmos bastante para não continuarmos sendo chamados por autoridades do Judiciário de “leitos da morte”, “corredores da morte”, “calçadas da morte”, onde as pessoas ficam horas esperando para serem atendidas. Normalmente são pessoas que não têm condições de procurar uma consulta particular. Isso é algo que sempre nos preocupou, independentemente de ser Vereadora. Nós já judicializamos para terceiros, para familiares, muitas ações no sentido de ver o paciente atendido em casos mais graves, e vejo que neste País afora as coisas continuam; vejo que aqui também nós não temos este atendimento adequado, porém, temos o Hospital Porto Alegre, que está sendo pouco usado; nós temos uma falta de acordo com o Parque Belém, que também não está tendo todos os seus espaços utilizados, e esta é a nossa luta na Comissão de Saúde e Meio Ambiente: trazer e dar visibilidade às questões da Cidade e da vida, porque, sem saúde, é lógico que nós não temos uma vida longa ou uma vida sem sofrimento. Procuramos fazer isso, tivemos uma boa colaboração dos demais Vereadores integrantes da Comissão e fizemos também algo que nunca se tinha levado tão a fundo, que é o caso das ambulâncias. Os médicos que estão na ponta, que estão na Central do Samu dizem que é a “Escolha de Sofia”, porque, se duas ambulâncias forem chamadas ao mesmo tempo, de bairros diferentes, você tem que identificar por telefone qual é a questão mais séria para atender primeiro, e, muitas vezes, o paciente está dentro da ambulância e tem que ficar rodando de uma distância para outra, porque não tem leito. Isso ocorre, foi dito pelos profissionais que atuam nesta área. Nem todos são atendidos pelo Samu, não é possível atender devido à demanda e algumas ambulâncias estarem em consertos; a Secretaria, depois da intervenção, está mudando essas ações, inclusive, tentando obter mais ambulâncias. Então, nós fizemos nossas ações, em casos recorrentes, para que se resolva, mas lamentamos que os encaminhamentos da COSMAM ainda não foram atendidos. E nós fizemos um levantamento, encaminhamos ao líder do Governo, nosso colega, membro da nossa Comissão, para que agilize, de uma forma mais próxima aos Secretários, as nossas demandas, porque toda reunião da COSMAM tem um encaminhamento, quando o assunto assim exige.

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Lourdes Sprenger prossegue a sua manifestação, a partir deste momento, em Comunicação de Líder.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: E nós temos este levantamento, e, no retorno, nós não queremos deixar as pendências deste período que estamos na Comissão para o novo presidente. Também inovamos muitas pautas: visitamos a Unidade de Conservação do Lami, onde nunca tinha ido uma Comissão de Saúde e Meio Ambiente, é uma reserva biológica muito bem administrada por uma bióloga que ama o que faz. E nós tivemos o prazer de ir até lá e ver onde fazem pesquisas, dão cursos, muitos estudantes procuram essa reserva. Também chamamos aqui para tratar da Mata Atlântica. Eu não tinha essa pauta na COSMAM, chamamos para tratar, vieram especialistas; chamamos uma pauta do Dr. Goulart, na última semana, para tratar de tecnologia para feridas complexas, que reduz o tempo de internação, maior rapidez para fechamento de feridas em casos graves, pessoas que são amputadas, etc. Foi uma pauta em que tivemos a oportunidade de conversar com especialistas da Medicina, desde cirurgiões plásticos, pessoas realmente capacitadas, que nós, como leigos, nos engrandecemos com conhecimentos, e que bom que hoje os convênios particulares já liberam esse tipo de tecnologia e podemos utilizar, em casos determinados, também pelo SUS. São pautas que a gente não pode deixar de mencionar.

Como também há as pautas da causa animal, como, por exemplo, verificar como estão os cavalos resgatados na cabanha que é locada pelo EPTC, que é um projeto que nós tivemos a satisfação em auxiliar na sua criação, que é o projeto Adote um Cavalo. Esses cavalos são doados mediante termo de adoção firmado com o Ministério Público, para que não venham a reincidir, eles também são microchipados. E para que nós possamos cumprir a lei das carroças que se encerra, depois de oito anos, agora em setembro e que tem um projeto na Prefeitura chamado “Todos Somos Porto Alegre”, que está fazendo a inclusão desses carroceiros ou carrinheiros, para outra atividade, porque cavalo não serve para uma grande metrópole, pois ele tem de ficar no seu habitat que, para nós, é o campo.

Então, fizemos várias dessas ações. Como já falei, fomos às ambulâncias, à central do SAMU, ao Pronto Socorro, ao Navegantes para conversar diretamente. Foi uma pauta externa interessante para ver in loco o que está acontecendo. E, ultimamente, fizemos uma audiência para tratar da alteração da água em Porto Alegre. Infelizmente, o DMAE, que era o órgão interessado em dar as devidas informações, não compareceu, mas outros órgãos da Prefeitura compareceram. A Fepam também não veio dar as suas informações e fica enviando-as por correio, enredando-se; uma hora depende da empresa Cettraliq, noutra, não é bem essa a informação. Então, nós temos que cobrar, sim, porque quem paga a taxa da água agora tem que comprar água no supermercado para beber, e nem todos têm condição de fazer isso. Nós atuamos com responsabilidade, com isenção, pensando na população, pensando na nossa atribuição como Vereadores, temos que fazer mais, temos de atender às demandas. E, infelizmente, nós estamos vivendo num período de transtornos, não só pela água, há também o caso dos buracos do DEP, que foram apurados e não foram corrigidos. Há também o caso da marquise, o qual não podemos cobrar diretamente da Prefeitura, mas da empresa que estava fazendo essa reforma, pois para conserto de marquise não precisa ter autorização, segundo falou o adjunto da SMURB agora pela manhã. Então, são coisas com as quais nós nos preocupamos. Quanto à violência, nem se fala, não é, Ver. Delegado Cleiton? E a Casa propiciou uma grande palestra de dois experts em segurança – um advogado veio da Colômbia, e o Beltrame do Rio de Janeiro, além do Secretário gaúcho – e cumprimento o Presidente por isso. Eu gravei bem o que disse o Beltrame: o que a sociedade quer? A segurança não é só polícia no local. Nós vimos aqui um bairro sitiado, às nove horas da noite, com metralhadoras: bairro residencial Guarujá. Porque essas pessoas se tornaram sanguinárias? Porque essas pessoas chegaram a esse ponto? Como combater? Não vai ser somente com polícia, nós temos que pensar, como bem foi dito, não é Presidente? Temos que começar por grupos de discussão na periferia. Associações são muito importantes, e os órgãos públicos também, mas não só a segurança. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Waldir Canal está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. WALDIR CANAL: Bom dia, senhoras e senhores, gostaria de, neste momento, tratar da questão que está incomodando a todos nós, porto-alegrenses, sobre a qual acho que a Câmara de Vereadores tem um papel fundamental, que é a questão da água e que se reflete em várias outras questões, como o direito do consumidor, do turismo, da saúde. É inadmissível que essa situação continue por muito tempo. Sabemos dos esforços que o nosso Diretor do DMAE tem empreendido, temos acompanhado as manifestações, e também o trabalho do Diretor para a solução desse problema. Mas acredito, Sr. Presidente, que se faz necessária a vinda do Diretor do DMAE a esta Casa. Solicitaremos o comparecimento do Diretor para que ele venha explanar para os Vereadores e, consequentemente, para a sociedade, o que o DMAE está fazendo. E nós, como órgão fiscalizador do Executivo, temos que cobrar as ações que estão sendo implementadas e o que está sendo feito para resolver o problema, porque as notícias dão conta de que não se sabe ainda o que está causando esse problema de mau cheiro. Temos relato de turistas ou pessoas que vieram para cá a negócio que, ao saírem do banho, ficam com um mau cheiro na pele por causa da água; ou o relato da comunidade que não consegue beber a água que sai da torneira. Tradicionalmente a água do DMAE é uma água que as pessoas bebem da torneira, mas hoje estão com medo. Não é um privilégio apenas da comunidade mais carente. “Não, pode beber, é tranquilo beber água do DMAE.” Mas hoje há uma suspeita muito grande, há um problema sério aqui na Cidade, e a Câmara de Vereadores tem que cumprir o seu papel. Eu quero dizer, Presidente, que se a Presidência não fizer isso, estou me colocando à disposição, eu farei esse requerimento para comparecimento do Diretor do DMAE, SMAM, Fepam, Secretaria da Saúde, da Governança, todos os órgãos envolvidos do Município. O Município tem que dar resposta, ele precisa dar uma explicação com respeito a essa situação, que é um problema de saúde pública, é um problema que afeta todos nós. Então, eu gostaria de fazer esse registro, dizer da nossa preocupação e que estamos à disposição. Já vamos preparar o requerimento, e se não houver uma disposição da parte da Presidência, este Vereador irá fazer. Se for o caso, eu coloco à disposição da Presidência, porque esse é um assunto da Casa, diz respeito a todos nós, Vereadores. Eu acho que não há um protagonismo, isso tem que ser uma ação do Legislativo, para fiscalizar essa questão que diz respeito a toda a Cidade. Um grande abraço.

 

(Não revisado pelo orador.).

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Obrigado, Ver. Waldir Canal. Podemos aqui, ao final, combinar a forma de fazer, sobre a sua ideia, se é ainda durante a reunião da Comissão Representativa ou após o recesso.

A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, colegas funcionários desta Casa, eu vim aqui hoje, nesta reunião da Comissão Representativa, dizer da minha satisfação em dar continuidade ao nosso trabalho, até porque estamos completando quatro anos de mandato, e nesses quatro anos nós não tiramos, como todos aqui... Eu digo isso, senhores, até para reforçar o empenho e a visão dos Vereadores no sentido de estar aqui presente, cumprindo com a sua função fiscalizadora, com a sua função de legislar para a sociedade de Porto Alegre. Ontem eu recebi no meu gabinete o Sr. Daniel dos Santos, um senhor que fez parte da primeira turma de brigadianos “Pedro e Paulo”. Para quem não sabe – estou olhando aqui os assessores, os jovens, possivelmente alguns saibam por meio de leitura –, “Pedro e Paulo” foram lançados pela Brigada Militar na época, 1955, Presidente Cassio Trogildo; eu não era nascido, acho que ninguém aqui. O Daniel me trouxe uma reportagem em que ele estava na capa como um dos soldados, o Pedro ou o Paulo. Era a dinâmica que a Brigada Militar, na época, instalou na Cidade, no Rio Grande do Sul, da cultura de dois policiais militares andarem sempre juntos para fazerem trabalho comunitário. As pessoas já sabiam quem era os policiais do seu bairro, coisa que hoje, infelizmente, é quase impossível. Agora mesmo eu vim da Zona Sul e não vi uma viatura nesse trajeto. Claro que a gente sabe, pelas dinâmicas, pelas estratégias usadas, pela falta de investimento na segurança... Por exemplo, eu não sei se os senhores sabem que cada viatura em Porto Alegre recebe R$ 200,00 de gasolina por 30 dias. Eu ouvi aqui um questionamento: “Por dia?” Que bom se fosse! São R$ 200,00 para 30 dias. Fiz um cálculo por cima, parece que dá 55 litros. Aí não tem como ver mesmo viaturas na rua. Então, acho que nós temos que ter mais investimentos nessa área, porque ela é primordial, senhores. Ontem eu estava ouvindo o rádio e o David Coimbra dizia que segurança pública, para ele, é o primeiro direito, o direito de ir e vir, de andar seguro. Há pouco fui a uma reunião em que falaram sobre segurança pública, e as pessoas na comunidade já estão se reunindo para buscar soluções! Aqui no bairro Bom Fim, a solução seria um apito para cada morador, para que, quando houvesse a sensação de um crime, todos apitassem ao mesmo tempo para chamar a polícia, ou para confundir. Na Zona Sul, em Ipanema, nós temos o Whatsapp, que é utilizado nesse trabalho de monitoramento interligado à Brigada Militar; no Extremo-Sul também; aqui no bairro Cavalhada já estão se organizando. Existem grupos fazendo passeata, inclusive nós tivemos uma passeata nesse fim de semana chamada de “o enterro da segurança pública”. E nós sabemos que as polícias têm feito, e, como disse a Ver.ª Lourdes, não é só a polícia que tem que fazer, mas a polícia tem feito muito... O Secretário de Segurança é uma pessoa muito bem-intencionada, um profissional da área, mas nós temos que ter investimentos. Solicito, Presidente, meu tempo de Liderança.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Delegado Cleiton prossegue a sua manifestação, a partir deste momento, em Comunicação de Líder.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Semana passada, no sábado, no bairro Belém, nós fizemos a Mateada da Segurança, uma sequência que estamos fazendo em vários bairros, já tivemos na Tristeza, Ipanema, na Zona Norte, em alguns lugares que eu já não me lembro, mas já fizemos umas quatro mateadas da segurança. As pessoas chegam, tomam o mate, conversam conosco, assinam um abaixo-assinado que nós levaremos à Secretaria de Segurança e discutem os problemas de segurança do seu bairro. Muitas vezes, falam sobre os problemas de poda que atingem a SMAM; sobre a iluminação, que atinge a SMOV; sobre as praças, muitas abandonadas, espaços que seriam para população, tomados pela marginalidade. A próxima mateada será no Lami, depois faremos uma no Brique da Redenção e na Mário Quintana – a da Mário Quintana e a do Lami, a pedido da população.

Teremos, no próximo domingo, a cavalgada de São Cristóvão, por uma vida com segurança e paz. A cavalgada sairá de Ipanema, do CTG Descendência Farrapa, com chegada ao Retiro da Ponta Grossa na sede campestre da Trevo. Então, vários cavaleiros, vários motoristas, vai ser uma mistura de cavalgada com carreata, em homenagem a São Cristóvão e levantando essa bandeira da paz e segurança por que todo mundo clama hoje em dia, no Rio Grande do Sul. Então, temos feito esse trabalho e queríamos convidar os senhores. Quem não tem cavalo, quem não tem charrete, como eu, que vou de charrete emprestada, venha com o seu carro, empunhe uma bandeira, um balão, um tecido branco solicitando mais paz e mais segurança, porque nós temos visto bairros, escolas sendo invadidos.

Ontem nós iríamos à vila Cefer conversar com a diretora da Escola Érico Veríssimo, que foi invadida, quebrada, destruída, onde foi deixado um recado, um conflito existente entre duas quadrilhas. E o que a educação, as crianças têm a ver com isso? É difícil ficar ouvindo isso aqui, mas o marginal que faz isso deve ter filhos também, não é? E se ele mora na comunidade, acho que é muito pouco o que ele está fazendo. O desrespeito, além do tráfico, dessa guerra impedindo as pessoas de ir e vir, também impedindo as pessoas de serem educadas nas escolas da região.

Também gostaria de pedir aos Srs. Vereadores uma análise bem ampla de um projeto que estamos trazendo e que deverá ser votado no próximo semestre, que é o Estatuto da Segurança Bancária. É um estatuto longo, faz três anos que estamos trabalhando em cima dele, conversando com o Sindicato dos Bancários, com o Sindicato dos Vigilantes, com a federação dos bancos, com órgãos da Prefeitura, com o sindicato dos carros-fortes. Fizemos uma compilação de todas as legislações existentes nesse âmbito, no âmbito municipal, retiramos algumas que já não estavam mais em andamento, já não tinha mais por quê. E colocamos algumas angústias desses servidores e de quem frequenta banco. Então peço aos senhores que olhem com muita calma, inclusive com sugestões, através de emendas, a esse projeto que é muito importante para nós, para Porto Alegre, que trata de segurança pública, principalmente para quem frequenta banco. Então quero deixar aqui o meu reconhecimento, Presidente, pelo seu trabalho, esse trabalho que tem sido feito aqui na Câmara, também nos debates em torno da segurança pública, que tem sido um aprendizado pelas pessoas que o senhor tem trazido, que a Mesa tem trazido, para expor, conversar e debater com outros experts daqui de Porto Alegre. Então, é esse reconhecimento que quero deixar aqui. Quero parabenizar também o trabalho do Diretor, que tem sido uma pessoa discreta, como nós gostamos, muitas vezes. Um juiz de futebol, para ser bom no que faz, tem que ser um cara discreto, e o Sr. Diretor tem sido um cara discreto, fez essa audiência lá no Beira-Rio, do Uber, de uma forma exemplar, sem nenhum conflito – em princípio -, com várias pessoas. E já o parabenizei por isso, mas gostaria de parabenizá-lo mediante todos. Então, agradeço por este momento.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Obrigado, Ver. Delegado Cleiton. Não temos mais nenhum Vereador inscrito. Estão encerrados os trabalhos da presente Reunião.

 

(Encerra-se a Reunião às 10h51min.)

 

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